INTRODUCĀO
O presente trabalho com o tema LINUX, pretende entre várias abordagens trazer um pouco sobre o percurso histórico deste tema, procurar explicar o que se pode entender sobre o tema, quem foi o seu inventor e quais são ou foram os objectivos da sua criação, as vantagens e desvantagens no uso deste aplicativo. De referir que para sua materialização, recorremos aos materiais disponibilizados na internet, e também fizemos o uso de material bibliográfico disponível na biblioteca central Brazão Mazula. De referir que por se tratar de um tema bastante longo em termos de bibliografias, não podemos trazer toda informação relativa ao tema, limitando-nos a trazer o que achamos ser relevante para o nosso trabalho. Com este trabalho pretendemos dar um contributo no conhecimento deste sistema operativo, e convidando aos interessados que queiram aprofundar o tema a consultar as bibliografias que estão no fim deste trabalho e não só.
EVOLUÇÃO DO LINUX
Antes do advento do Linux, havia um outro sistema operativo designado Unix. Conforme o Grupo Anaya (2000), o surgimento do Linux no mundo da informática foi graças à cultura de evolução de Unix, que desenvolveu-se nos meados da década 70 quando os microcomputadores e os grandes sistemas dominavam o mundo corporativo.
Segundo Pereira (2005), a primeira versão do Unix foi criada nos laboratórios Bell, da companhia telefónica norte americana AT & T. segundo este autor, tudo começou com um grupo de programadores que estavam insatisfeitos com os sistemas operativos e com as linguagens de programação que existiam na época. Portanto, criaram uma nova linguagem de que chamou-se C e um sistema operativo recebeu o nome Unix.
Ainda conforme Pereira, as primeiras versões do Unix foram utilizadas exclusivamente pela AT & T, mas rapidamente começaram a surgir outras entidades como universidades e Centros de pesquisa, interessados no sistema. O Unix era licenciado sob código fonte, portanto, os utilizadores recebiam o código fonte de todos programas e utilitários do sistema operativo, juntamente com o próprio sistema. Isto permitia com que os utilizadores tivessem a possibilidade de modificar e adaptar o sistema de acordo com as suas necessidades.
Conforme o autor acima citado, dentro do campo científico e universitário existiu sempre troca ou partilha de informação. Ainda conforme este autor:
“…Este facto é amplamente reconhecido como um dos factores mais importantes para o avanço da ciência…” (PEREIRA, 2005, p.2)
Ainda conforme Pereira, quando os investigadores entraram em contacto com o Unix, começaram de imediatamente a mesma filosofia, trocando entre si correcções e extensões que iam desenvolvendo. Algumas dessas extensões foram importantes e foram incluídas no próprio sistema operativo. O autor destaca contributo dado pela Universidade de Califórnia, que deu origem a variante do Unix chamado BSD, assim como faz referência ao MIT (Instituto Tecnológico do Massachusetts), que teve grande contributo na criação do sistema de janelas X.
Um tempo depois o Unix se expandiu bastante, começou a penetrar em muitos sectores, até se tornar um verdadeiro sistema operativo comercial e a AT & T começou a restringir cada vez mais a licença do uso do sistema operativo. As licenças do código fonte começaram a ser cada vez mais difíceis de obter, casos houve em que chegaram a ser impossíveis de obter.
Segundo ANAYA (2000):
“…as primeiras versões comerciais do Unix eram bastante caras, custando as vezes mais do que o PC onde se devia executar.” (GRUPO ANAYA, 2000, p. 44)
Segundo Pereira (2005), esta situação constituiu um desapontamento para os utilizadores originais, que mais contribuíram para a expansão e desenvolvimento do Unix. Quanto mais o sistema se tornava comercial mais fechado ficava, aumentando assim a frustração dos utilizadores. Ainda segundo este autor:
“Por este motivo nasceu a FSF (Free Software Foundation) que se propunha desenvolver e proteger o software livre. Um dos maiores objectivos era contribuir em ambiente de trabalho constituído integramente por software livre. Para proteger o software livre nasce a GPL (General Public Licence) que garante a qualquer pessoa o direito de copiar, redistribuir e até modificar e melhorar todo software por ela protegido” (PEREIRA, 2005, p. 3)
E conforme ANAYA:
“Esta falta de acessibilidade facilitou o nascimento de Linus como veículo para fazer disponíveis os sistemas operativos baseados no Unix.” (GRUPO ANAYA, 2000, p. 44)
Na década 90, surge um jovem finlandês chamado Linus Torvalds, que estava insatisfeito com os sistemas operativos que existiam na altura. Conforme Pereira (2005) era possível encontrar uma versão completa de Unix para PC custando 1000 euros. Por esse motivo Linus começou a escrever o seu próprio núcleo (kernel) de sistema operativo, 6 meses depoís já tinha a primeira versão a funcionar e chamou-lhe Linux. A versão era incompleta e limitada, mas apeasr disso o autor fixou o seu código fonte na internet e teve muita adesão. Ainda conforme este autor, os primeiros utilizadores eram programadores, que trouxeram muitas contribuições para o sistema, pois implantaram novos drivers, resolveram erros e problemas, adicionaram funcionalidades e acima de tudo fizeram muitas sugestões.
Linus seguiu as dicas dos outros programadores, conjugou-as com as suas próprias alterações, fazendo com que o Linux desenvolvesse duma forma muito rápida e com o passar dos anos evoluiu até estar ao nível dos sistemas operativos comerciais e possuir um conjunto de de funcionalidades muito sofisticadas.
LINUX COMO UM SISTEMA OPERATIVO
Conforme DAMASH (2000), o termino “Linux” é bastante vago e utiliza-se de duas maneiras: especificamente para se referir ao núcleo (que é a base de todas versões do Linux) e de forma mais geral para designar uma colecção de aplicações que se executam sobre o núcleo. A função do núcleo é garantir a execução das aplicações, incluíndo a interface básica com hardware e os gestores de tarefas.
Segundo esta autora, num sentido restrito, só pode falar versão do Linux em um momento determinado: a última versão actualizada do núcleo. O núcleo é do domínio do Linus Torvalds. E num sentido genérico, Linux refere-se as colecções que se executam sobre o núcleo.
PEREIRA (2005), o sistema operativo Linux: é um sistema multitarefa e multiutilizador, isto porque pode ser utilizado por muitas pessoas ao mesmo tempo. Por ser um sistema multiutilizador o sistema possui mecanismos para impedir que os utilizadores possam interferir no trabalho dos outros.
Durante o login, o utilizador tem de indicar o seu nome (User name) e uma senha (password). O user name, que muitas vezes è designado por login-name, è apenas o nome pelo qual sistema conhece cada um dos utilizadores. A palavra-chave è uma palavra secreta que serve para evitar que as pessoas estranhas entrem no sistema, fazendo-se passar por utilizadores credenciados.
Na sua secção de trabalho os utilizadores, podem realizar varias tarefas, uma de cada vez ou lançar varias em simultâneo por essa razão que o Linux è também classificado como sistema operativo Multitarefa. As tarefas em Linux tem o nome técnico de “processos” geralmente os processos são iniciados pelos utilizadores, mas também existem que são lançados automaticamente pelo sistema, chamados daemons, estes são responsáveis pelos diversos serviços operativo.
APLICAÇÕES DO LINUX
Segundo DAMASH (2000), como sistema operativo o Linux pode ser usado para realizar qualquer tipo de aplicação. Das aplicações disponíveis podemos encontrar:
- Aplicações de texto: como o caso de WordPerfect, StartOffice, o Appleware. O Linux oferece ferramentas potentes para editar e processar textos de forma automatizada.
- Linguagens de programação: há uma grande variedade de linguagens de programação e do tipo Script, com as suas ferramentas correspondentes que funcionam em ambiente Linux e Unix.
- Janelas X: as janelas X e a opção Unix no campo da interface gráfica (GUI). É num ambiente GUI muito flexível e fácil de configurar que funciona o Lunix e a maioria dos sistemas compatíveis com UNIX. Há muitas aplicações para janelas X que fazem de Lunix um ambiente fácil de usar.
- Ferramentas de internet: além de dispor um software extenso como Netscape Comunicator o mosaic se pode encontrar uma grande variedade de software para internet compatível para Linux. Possui aplicações de correio gráfico.
- Bases de dados: como todas as plataformas Unix, Linux é uma plataforma excelente para executar as operações de bases de dados. Pode-se encontrar bases de dados para Lunix como MSQL e POSTGRE. Hoje em dia tanto ORACLE como SYBABE e o Informix, oferecem bases de dados relacionais para Linux.
- Software de compatibilidade DOS e WINDOWS: existem softwares que exercem programas no DOS com bastante estabilidade e também no Windows. Pode se encontrar em emuladores para outros sistemas como MACINTOSH e ATARI ST.
Vantagens e desvantagens da utilização do Linux
Segundo SOUSA, realizando-se uma pesquisa com diversas pessoas acerca do sistema operativo do Linux, várias foram as vantagens e desvantagens apontadas, mas as mais importantes são:
Vantagens
Baixo custo: alem de ser gratuitas as versões do Linux podem ser baixadas, compiladas, usadas e compartilhadas. Exemplos: Ubuntu, Debian, Fedora. Existem algumas distribuições que são pagas, mas se comparar com o Windows são bem mais baratas.
Segurança: em qualquer instalação ou alteração no Linux, solicita-se uma autorização do usuário root, que é um tipo de usuário proprietário dos arquivos e processos ligados ao do sistema. Dessa forma, dificilmente um vírus ou programa malicioso será instalado.
Variedade: segundo MORIMOTO (apud SOUSA, 2011) existem mais de 500 distribuições Linux, contando apenas as distribuições activas. Afirma também que 98% delas são personalizações de outras distribuições já existentes. Como o Linux é livre, qualquer um pode modificar o código-fonte de uma distribuição existente e criar a sua própria distribuição, por isso existem tantas opções. As 6 distribuições mais utilizadas no Brasil são Fedora, OpenSuse, Mandriva, Kurumin, Debian e Ubuntu (MARCUS, 2009).
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Suporte: fóruns, listas de discussão e sites são alguns recursos on-line disponíveis para resolver problemas relacionados ao Linux. É possível encontrar respostas desde problemas básicos a mais complexos. Em português, por exemplo, existe o site www.br-linux.org, com notícias, tutoriais e fóruns sobre o sistema.
Desvantagens:
Incompatibilidade com drivers e softwares: muitos equipamentos não funcionam correctamente no Linux por não encontrar o driver, como o caso de modems, impressoras, webcams e outros não funcionam no Linux porque as empresas desenvolvedoras mantêm segredo sobre as especificações do produto.
Interface: a interface do Linux é menos intuitiva que o, isso dando assim menos conforto ao usuário final. As pessoas estão tão acostumadas com a interface do Windows que quando abrem o Linux e os itens não estou no mesmo lugar, logo querem voltar.
Menos usual: outro item que pesa contra o sistema Linux é o fato de ser bem menos utilizado
que o Windows. Segundo estatísticas da empresa Net Applications, outubro de 2009, o Windows lidera o mercado de sistema operacional com mais de 90% de utilização no mundo inteiro, enquanto o Linux não ultrapassa 1%, como mostrado no gráfico.
VERSÕES DO LINUX
Conforme ANGELO (2007), as principais versões do Linux são:
Debian, Fedora Core 6, Kurumin 7, Mandriva Discovery, OpenSUSE 10.2, Ubuntu 6.10
1. Debian
Embora os desenvolvedores do Debian não façam questão de deixar o software com a cara que gostariam, estes garantem que os usuários podem faze-lo tranquilamente. Programas para as actividades quotidianas podem ser baixados rapidamente pelo Debian Etch, a partir do repositório de aplicativos do desenvolvedor. O sistema tem uma interface simples e personalizável.
Possui os seguintes Aplicativos: OpenOffice.org Writer (Word), OpenOffice.org Cal (Excel), OpenOffice.org Impresso (PowerPoint), Konqueror e Firefox (Internet Explorer), MPlayer (Windows Media Player)
2. Fedora Core 6
Este sistema é mais conhecido como Zod. É fácil de ser instalado e conta com Desktop 3D. Nesta versão, o software traz gerenciadores de pacotes aperfeiçoados, aplicações desktop, avanços na segurança, facilidades de instalação do software e da gerência e ferramentas de localização.
Possui os seguintes Aplicativos: OpenOffice.org Writer (Word), OpenOffice.org Cal (Excel), OpenOffice.org Impress (PowerPoint), Gimp (Photoshop), K3b (NEro), Totem e Rythmbox (Windows Media Player), Firefox (Internet Explorer), Thunderbird (Outlook)
3. Kurumin 7
Trata-se de um sistema desenvolvido por brasileiros e é tido como uma das distros mais adequadas para usuários iniciantes. Possui grande comunidade de usuários no Brasil e boas páginas de suporte na Internet, além de fórum para troca de dúvidas e informações em português. Possui os seguintes aplicativos: KOffice Suite (pacote Office), Konqueror (Internet Explorer), Clica-Aki (Painel de controle)
4. Mandriva Discovery
Este sistema fácil é de instalação. Permite dual boot e possui interface simples e amigável. Traz softwares para uso diário, como mensagens instantâneas, navegador de Internet, e-mail e pacote de aplicativos, entre outros.
Tem como aplicativos: OpenOffice.org Writer (Word), OpenOffice.org Cal (Excel), OpenOffice.org Impress (PowerPoint), Kontact, Evolution, Mozilla Thunderbird (Outlook), Mozilla Firefox, Konqueror (Internet Explorer), Kopete, Gaim (MSN Messenger), Kaffeine e Amarok (Windows Media Player), Gimp (Adobe Photoshop)
5. OpenSUSE 10.2
Esta distribuição é talvez uma das mais simples de usar. Após instalada, o usuário verá um desktop muito bem organizado e é possível organizar o Kickoff (equivalente ao Menu Iniciar, no Windows) da forma como melhor lhe convier. O Fedora Core traz um menu diferente, mas muito prático, que permite ao usuário fazer buscas por aplicativos em seu micro. O YaST (Yet another Setup Tool) também não pode passar em branco. O aplicativo reúne todas as tarefas de administração do sistema. O repositório de aplicativos do Fedora também traz as soluções de sobra.
Este sistema operacional vem sem nenhum aplicativo extra, mas todos eles podem ser podem ser baixados facilmente no repositório do SUSE Linux.
6. Ubuntu 6.10
Possui uma interface muito parecida com a do Windows e considerada a mais amigável e intuitiva. Traz sistema de ajuda, com dicas e um banco de dados com as dúvidas mais comuns exactamente como acontece nas soluções da Microsoft. O sistema traz o pacote de aplicativo OpenOffice.
Possui como aplicativos: o Writer (Word), o Calc (Excel), Gimp (Photoshop), Firefox (Internet Explorer) entre outros.
CONCLUSĀO
Realmente este tema era uma novidade para nos, pois antes da elaboração deste trabalho, o grupo apenas tinha conhecimento da existência do sistema operativo Windows, portanto, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco sobre o Linux. Acreditamos que este sistema é um grande adversário do Windows, assim como de tantos outros sistemas operacionais, tanto é que possui milhares de usuários em todo o mundo. E esse facto foi e continua sendo impulsionado pela facilidade que se tem de obter o sistema, pelo espírito de troca e de partilha de informações. Em termos de aplicabilidade verificamos que este não se difere muito daqueles verificados em sistemas como Windows. E no que diz respeito às sua vantagens e desvantagens, acreditamos que podem ser verificadas em qualquer, sistema operacional e ou tecnologia de informação. O que conta são as necessidades que o possível usuário pode ter.
Bibliografia
DAMASH, Arman. Red Hat Linux 6. Grupo Anaya S.A. 2000. p. 45-114
PEREIRA, Fernando. Linux. 5 ed. Lisboa: Editora de informática Lda. p 1-4
SOUSA, Thiago Gomes de. Vantagens e desvantagens na migração do Windows para Linux. Disponível «http://www.ti.fajesu.org/wp-content/uploads/2010/10/2_2009-Thiago-Gomes-Migra%C3%A7%C3%A3o-do-Windows-para-Linux-Orientador-Marco-Antonio.pdf»
http://pt.shvoong.com/internet-and-technologies/software/1645517-vers%C3%B5es-linux/
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